terça-feira, 25 de novembro de 2008

O ROMANTISMO: LIMA ABORDAGEM DE ÈPOCA

Cristina Maria da Luz

Uma manifestação cultural em exposição a tradição neoclássica setecentista, um estilo de arte que ocorreu entre a metade do século XVIII e a metade do século XIX, com a ascensão da burguesia na França,surge uma nova arte que se enquadra com o contexto social contradizendo os padrões de três séculos passados, nasce o Romantismo,o gosto pela liberdade e a valorização do homem emotivo, intuitivo e psicológico.

As principais características românticas são: o individualismo, fuga da realidade, nacionalismo. O romantismo teve influencia como a Revolução Francesa, Revolução Industrial, com a queda do governo absolutista foi dada maior ênfase à construção artística e as pessoas cada vez mais precisavam de formação, pois o desenvolvimento da industria acelerava o capitalismo.

O movimento romântico se divide em três partes:
1ª geração – Nacionalista ou indianista;
2ª geração –Mal do século ou Ultra-romântica;
3ª geração – condoreira.

O Indianismo de “Gonçalves Dias”


Autor da 1ª geração, Gonçalves Dias se destaca no indianismo como autor e poeta que exalta o Brasil e a figura do índio, não importa onde ele estivesse, o índio sempre existia nele. No seu sentimento, na sua imaginação, a figura de um índio real que ele mesmo conheceu e não um índio do cartão-postal, na sua poesia ressalta a astúcia do nativo, a inteligência e a superioridade dos índios sobre os portugueses.


A obra indianista de Gonçalves Dias está em “ Poesias Americanas “, no 1º canto: Canção do exílio, o canto do guerreiro, o canto do piaga, a deprecação, o canto do índio. No segundo canto se encontra outro poema indianista “Tabira” e nos últimos cantos incluem o gigante de pedra, o leito das folhas verdes, O I Juca Pirama, Marabá, canção do Tamoio, a mãe d’água. Nas poesias póstumas se encontram “Poema Americano e o Índio”.

Os poemas indianistas como canção do exílio e I Juca Pirama, imortabilizaram o grande Gonçalves Dias e até hoje emocionam e estão presentes na nossa vida. Em sua poesia, ele abrange os três principais gêneros poéticos: O lírico, em o “leitor de folhas verde”, o dramático, em “ I Juca Pirama”, o épico, em Os Timbiras. O seu indianismo se realiza principalmente no “épico”, e no dramático, onde ele fala de si mesmo e não volta a sua poesia para mito. Segundo Coutinho (1999, p 79).

O indianismo três vezes autentico, o de Gonçalves Dias:
a) Pelo sangue (era filho de uma guajajara com um Português);
b) Pelo conhecimento direto dos indígenas com os quais conviveu (quando menino, nas excursões pela Amazônia ).
c) Pelos estudos que realizou.

Embora Gonçalves Dias seja um dos melhores líricos da literatura no Brasil, o que mais o destacou foi a poesia indianista, pois ele foi o único romântico que exaltou realmente o índio, a sua honra e valentia, sempre cantou seu sentimento amoroso e escreveu poesia sobre a destruição provocada pelos colonizadores brancos.


Referencias Bibliográficas.

( Coutinho Afrânio, A Literatura no Brasil, 5ª ed, São Paulo, Global – 1999.)

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